Aterro sanitário de Pouso Alegre serve de exemplo para consórcio de municípios
Em visita ao aterro, o prefeito de Piranguinho e o secretário executivo do Cimasas colhem experiências de sucesso para serem reproduzidas no aterro do consórcio, em Itajubá
O aterro sanitário de Pouso Alegre segue inspirando outras cidades da região. Nesta semana, foi a vez do Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Microrregião do Alto Sapucaí, o Cimasas, visitar o local para colher experiências de sucesso e replicar no aterro sanitário do consórcio, que começa a funcionar ainda este ano na cidade de Itajubá.
O secretário de Meio Ambiente de Pouso Alegre, Maurício Donizete Salles, e a supervisora comercial da Lara Central de Tratamentos de Resíduos Ltda. (empresa que opera o aterro), Flávia Vieira, apresentaram ao prefeito de Piranguinho, Adoniran Martins Barbosa, e ao secretário executivo do consórcio, Josué Meystre, as tecnologias que tornaram possível o descarte sustentável das mais de 100 toneladas de lixo produzidas diariamente pela população de Pouco Alegre e outras 10 toneladas produzidas pelo município de Borda da Mata.
Origem
O Cimasa teve origem ainda em 2005, quando Itajubá passou a enfrentar um problema semelhante ao que Pouso Alegre conseguiu resolver em março de 2010: não possuía um local apropriado para descartar o lixo doméstico produzido no município. Os resíduos sólidos da cidade eram encaminhados para um lixão. Para piorar, o destino do lixo de Itajubá era o mesmo de outras cinco cidades: Piranguinho, Pirangosul, Venceslau Brás, São José do Alegre e Delfim Moreira.
A justiça cobrava dos municípios a correta destinação do lixo. Foi quando, já em 2006, as cidades se uniram em torno de uma iniciativa inovadora, formando um consórcio intermunicipal para construir e operar um aterro sanitário. A idéia se tornará realidade ainda no primeiro semestre deste ano, quando o aterro deve entrar em funcionamento. O empreendimento receberá será o destino final do lixo de cerca de 120 mil pessoas distribuídas pelas seis cidades.
Impressão
A organização do aterro sanitário construído pela empresa Lara e sua larga capacidade de atender à demanda da produção de lixo em Pouso Alegre e região, impressionou o prefeito de Pirangunho. “Nós podemos ver aqui uma experiência exitosa. Nos impressionou pela capacidade de atendimento da demanda de Pouso Alegre e agora, quem sabe, futuramente até da região mais próxima”, projetou Adoniran
O aterro sanitário de Pouso Alegre começou a operar em agosto de 2010. Desde então, recebe cerca de 120 toneladas diárias de resíduos, somando as 10 toneladas vindas de Borda da Mata. Neste ano, deve ser concluída no aterro algumas das obras de infraestrutura de apoio à sua operação. É o caso do centro de educação ambiental. Única forma sustentável de descartar o lixo, o aterro possui uma estação de tratamento de “chorume”, o líquido poluente gerado pela decomposição do lixo e dutos que captam o gás metano, também produzido pelo lixo, para transformá-lo em energia.
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