MEI é alternativa para jornalistas iniciarem carreira empreendedora
Sete atividades estão entre as permitidas como Microempreendedor Individual – MEI e abrangem quase todos os campos de atuação de um jornalista em seu campo profissional
TOPO
Por Sebrae Maranhão
07/04/2021 13h06 Atualizado há uma hora
Há cerca de 15 anos, a jornalista maranhense Dalva Rego vem construindo uma carreira que iniciou nas redações de TV e foi ampliada para o mercado da comunicação corporativa. Essa versatilidade e experiência em grandes veículos de comunicação e empresas que começaram a requerer seus serviços profissionais fez com que Dalva incluísse mais um perfil em sua jornada como jornalista: o de empreendedora. “A necessidade de me formalizar veio quando uma grande empresa precisou dos meus serviços, mas o sistema dela de pagamentos só poderia cadastrar como fornecedores pessoas jurídicas (PJ). Então, abri o cadastro no MEI e fiz logo a conta bancária PJ”, contou Dalva Rêgo.
Formalizada há três anos como MEI (veja como fazer a adesão no Portal do Empreendedor), a jornalista tem atuado como prestadora de serviço independente e viu ampliadas as oportunidades para exercer toda sua versatilidade na área da comunicação.
“Ser MEI foi uma forma muito prática e fácil de profissionalizar a oferta dos meus serviços. Para emitir notas fiscais, não pago mais um percentual de nota avulsa. Antes, pagava 5% do valor do serviço, o que acabava onerando um pouco o valor final apresentado ao cliente. Agora, pago mensal um valor fixo, que no meu caso é descontado automaticamente da minha conta. Então, não me preocupo com essa despesa e sempre sei que estou regularizada”, explicou Dalva.
Um contingente expressivo que cresce ano a ano
A jornalista é uma dos 1.323 maranhenses que se formalizaram no estado, conforme as estatísticas do Portal do Empreendedor. No total, entre as atividades permitidas pela legislação, existem pelo menos sete das quais jornalistas podem ser enquadrados para fazer o registro de MEI. No entanto, é preciso ressaltar que não são atividades empresariais exclusivas de jornalistas e, que, na prática não há necessidade de comprovação de formação superior para se registrar como microempreendedor individual dentre as atividades permitidas (Lista de Ocupações Permitidas).
Dentre os 466 tipos de atividades em que um profissional pode requerer um CNPJ como Microempreendedor Individual (MEI), podem ser listadas como atividades típicas da área de atuação dos jornalistas: apurador, coletor e fornecedor de recortes de matérias publicadas em jornais e revistas independente, editor de jornais não diários independentes, editor de jornais diários independentes, editor de revistas independente, editor de vídeo independente, filmador de vídeo e fotógrafo independente.
Um fato para se destacar é a concentração nas atividades de audiovisual, que abrange quatro atividades dentre as sete listas – “apurador, coletor e fornecedor de recortes de matérias publicadas em jornais e revistas independente”, “editor de vídeo independente”, “filmador de vídeo” e “fotógrafo independente” – que juntas somam 997 MEI’s, o equivalente a 75,3% do total.
Hoje, não há uma estatística precisa, mas estima-se que cerca de 100 novos jornalistas são formados pelas universidades maranhenses e chegam ao mercado todos os anos. “Empreender é uma alternativa cada vez mais procurada pelos novos profissionais, que sabem que o mercado tradicional de comunicação está cada vez mais enxuto e restrito. As redações dos grandes veículos tem poucas vagas, e muitas vezes também optam por se associarem a profissionais independentes. Essa é uma realidade da comunicação em diversos países. Assim, quem decide empreender acaba encontrando mais oportunidade”, avalia a gerente de Marketing e Comunicação do Sebrae Maranhão, Raquel Araújo.
Ela pontua que assim como acontece com outros segmentos, a formalização como MEI é uma alternativa segura e desburocratizada de os jornalistas iniciarem sua jornada empreendedora. “A formalização como MEI permite a atuação em até 15 atividades profissionais. Assim, além das sete atividades típicas de quem atua na Comunicação, é possível ampliar ainda mais as oportunidades de atuação, com atividades complementares, que podem se adequar ao perfil do profissional e o rumo que decidiu imprimir à sua carreira; tudo isso podendo emitir notas fiscais e tendo acesso à seguridade social garantida a esse perfil jurídico”, explicou.
Como se formalizar no MEI
Os jornalistas interessados em se formalizar como MEI podem procurar orientações em uma das 12 unidades regionais do Sebrae (Portal do Sebrae Maranhão – Encontre o Sebrae no Maranhão) espalhadas pelo estado, de onde já saem com o CNPJ e informações sobre recolhimento mensal dos tributos do MEI e outras necessárias à boa gestão do negócio.
Ou podem se formalizar sozinhos, gratuitamente, seguindo as recomendações do Portal do Empreendedor, do governo federal. Basta clicar na aba “Quero ser MEI” e seguir as instruções. Consultando o artigo Jornalismo abraça o digital para ganhar novos horizontes, é possível identificar várias oportunidades surgidas nesse ambiente atual de transformações da atividade jornalística.
Para esse público, o Sebrae oferece várias opções de capacitação focada no empreendedorismo e na gestão de um pequeno negócio, auxilia no processo de formalização e disponibiliza orientações, consultorias gratuitas e cursos online sobre como começar, como planejar um negócio, os cuidados na gestão, as obrigações do MEI, como fazer seus controles financeiros e o marketing, como elaborar um plano de negócios e reforçar sua presença digital, como pensar o modelo de negócio. A maioria dessas soluções são gratuitas e podem ser acessadas na Plataforma EAD de Cursos Online oferecidos pelo Sebrae, ou serem demandadas pela Central de Atendimento do Sebrae (0800 570 0800, número que também é de Whats App) ou no Portal do Sebrae.
O que é um MEI?
O Microempreendedor Individual é uma figura jurídica para classificação de empresas quanto ao porte. Criado por meio da Lei Complementar 128/2008, para ajudar na formalização de profissionais autônomos, o MEI pode faturar até R$ 81 mil por ano - ou R$ 6,7 mil por mês - e pode ter até um funcionário contratado em carteira assinada.
O registro como MEI permite ao microempreendedor ter CNPJ, emitir notas fiscais, alugar máquinas de cartão e acessar empréstimos com juros mais baratos. Ele também pode vender seus produtos ou serviços para o governo, e receber apoio técnico do Sebrae. Além disso, as políticas públicas do MEI simplificaram os processos de abertura e baixa do CNPJ. O tempo médio para se abrir um MEI gira em torno de 1 dia enquanto o tempo médio do processo de baixa é de aproximadamente 3 dias.
“Esse é o primeiro degrau da caminhada de um empresário. Acreditamos que a formalização como MEI, com exigências simplificadas e que o próprio empreendedor pode fazer no Portal do Empreendedor, funciona como um início de carreira para que esse profissional possa buscar voos mais altos e alcançar outros portes de empresa como de Microempresa (ME), Empresa de Pequeno Porte (EPP) e chegar à média e grande empresa. O céu é o limite, e tudo vai depender do esforço do empreendedor e das oportunidades trazidas pelo mercado. O Sebrae está pronto para dar o suporte necessário durante essa caminhada, seja com cursos, mentorias, consultorias e outros tipos de serviços que temos no nosso portfólio de soluções”, afirmou o diretor técnico do Sebrae, Mauro Borralho.
Empreendedora citada
Dalva Rego
Instagram @dalva.rego
Contato: 98 8887-8616
Serviço
Microempreendedor Individual (MEI) – Tudo o que você precisa saber sobre o MEI
Portal do Empreendedor
“Quero ser MEI”
Lista de Ocupações Permitidas
Passo a Passo – Clique para acessar o Passo a Passo de como formalizar-se como MEI
Jornalismo abraça o digital para ganhar novos horizontes
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Microempreendedor Individual
Lei Complementar 128/2008
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